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Algumas poesias...

Eternidade

Meu silêncio

Meu silêncio

Pô do sol na cidade do Porto em Portugal. Foto de Márcio Martelli.

Eternidade


Nesta estrada há tanto tempo estou

Pelos caminhos, pela vida

Pelo tempo que caminhei

E pelos espinhos que encontrei

Há muito que percorro o mesmo caminho

Que me disperso, que me encanto

E que paro sempre

Neste mesmo lugar

E mesmo olhando tudo pela milésima vez

Sinto a novidade em cada amanhecer

Os raios do sol a singrar os rios

A noite acendendo as estrelas

Há tanto tempo...

Pela vida

E ainda há muito

O que caminhar.

Meu silêncio

Meu silêncio

Meu silêncio

Em Roma, ouvindo o silêncio milenar quando uma gaivota pousa ao meu lado.

Meu silêncio


No meu silêncio cabe nós dois

Assim calados e mudos

Dizendo tudo com o olhar

Sabendo o que se passa

Dentro da cabeça de cada um

Neste meu silêncio há um abismo

Que às vezes nos separa

Mas também nos une

Pois sabe que se um cair

O outro o levanta no ato

No silêncio que me envolvo

Há risos esquecidos

E prantos inabalados

Tem tanta coisa de nós dois

Que torna tudo indecifrável

E neste silêncio que vivo

Roendo as unhas impaciente

Espero um toque de celular

Para romper com as horas

E correr aos braços seus


Lisboa

Meu silêncio

A caixinha de chá

No alto do Elevador de Santa Justa com uma linda vista em 360 graus de toda a baixa lisboeta.

Lisboa


Lisboa, cidade das luzes

que acendem a alma do viajante

e incendeia o coração

que morre de saudades de sua terra

Lisboa, um sonho realizado

magia incandescente

janelas e portas que floreiam

o caminho de cada Pessoa

Meu coração fica aqui

minha alma continua a percorrer

os vastos cantos desta terra bendita

em busca de paz e aconchego

Terra de amigos e amizades eternas

tesouros escondidos que se revelam

a cada dia, ao caminhar por suas ruas

que ainda hei de voltar a explorar

Lisboa, uma lágrima de saudade

levarei suas marchinhas, suas sardinhas

assadas nas quermesses de rua

as bifanas deliciosas e as mil comidas

Em mim, toda a paisagem, todos os sítios

o que couber e o que não

em meu pensamento se vai

para nunca mais esquecer-me de ti

A caixinha de chá

Saudades de Lisboa

A caixinha de chá

Ao lado de Alessandra, dona da caxinha de chá. Querida Dadá, que saudades...

A caixinha de chá


Ali, esquecida no armário

da cozinha de minha mãe

lá estava ela

toda conservada pelo tempo

já se passaram dez anos ou mais

que ela apareceu por aqui

na verdade era de minha irmã

um presente que eu lhe dei

Um dia, assim, de repente,

veio fazer morada em minha casa

e talvez por tal zelo e afeição

ficou guardada no armário

como que protegida da ação do tempo

e manteve-se intacta

Encontrei-a esses dias

e me lembrei de tudo

pensei que uma caixinha de chá

tão lindinha, cheia de arabescos indianos

sobre a madeira clara não merecia 

ficar escondida num local inacessível

e a trouxe de volta para nosso convívio

Hoje, repleta de sachês de chás

dos mais variados tipos

vistos através de sua tampa de vidro

translúcida, transparente,

ela enfeita a cozinha de Rutinha

e é totalmente aproveitada

diariamente por todos nós

que, ao olharmos para ela,

sentimos saudade

mas também sentimos orgulho

de um tempo tão feliz

que passou

e que por ela se eterniza


Perdão

Saudades de Lisboa

Saudades de Lisboa

Vista do Palácio da Pena, em Sintra, Portugal.

Perdão


Talvez se eu tivesse prestado mais atenção

Ou senão olhado de volta

Atendido ao chamado

Talvez nada tivesse acontecido

Talvez nada fosse como é

E o mundo seria outro

Mas qual

Eu me distraí

Perdi-me nas paisagens

E tudo se transformou

Tornando-se hoje 

O que seria amanhã






A criação poética é um mistério 

indecifrável, como o mistério do

 nascimento do homem. 

Ouvem-se vozes, não se sabe de onde, 

e é inútil preocuparmo-nos

 em saber de onde vêm.


[Federico García Lorca]


Saudades de Lisboa

Saudades de Lisboa

Saudades de Lisboa

Na Torre de Belém, em Lisboa. Tudo em Portugal é motivo de saudade, ao menos para mim.

Saudades de Lisboa


De repente, o coração palpita

mais rapidamente

mais loucamente

pensando no quão próxima está

de mim novamente

Nessa viagem de sonhos

de busca e de tesouros

guardados em esconderijos

de um passado longínquo

Viagem das mãos

que escrevem letras

em forma de versos transformando

tudo em poesia da alma

O fado, o Tejo, a vida lusitana

os caminhos que me levam ao Castelo

os mouros, a alegria

que me invade aos poucos

bem aos poucos

Só de poder sentir

novamente a sua aura

e os seus caprichos:

Lisboa – estou de volta!



Para ser grande, sê inteiro: nada

Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és

No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda

Brilha, porque alta vive.


Odes de Ricardo Reis

[Fernando Pessoa]


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